Por Cláudia Araújo, facilitadora do Flor&Ser do Sagrado Feminino
Ao longo dos últimos milênios a humanidade adotou uma forma masculina de viver, absolutamente concentrada na energia Yang, priorizando a ação, a razão, o poder, aforça, a conquista, o materialismo, construindo uma visão muito dura e enrijecida de si mesma e dos outros, gerando julgamentos e provocando divisões entre pessoas e povos com o intuito de governar e enriquecer, explorando ao máximo os recursos naturais da Terra.
Vivemos uma era em que essa forma de existir está entrando em colapso e somos exigidos a repensar a maneira como nos relacionamos conosco, com o outro e com o mundo ou, em breve, nossos organismos serão levados à exaustão em razão das exigências que lhes impomos. E, o Planeta se tornará inóspito devido à destruição ao qual vem sendo submetido.
Para atingirmos o equilíbrio é preciso despertar o outro polo energético que está presente em tudo e em todos, a energia Yin (feminina), que se manifesta na forma de intuição, introspecção, reflexão, repouso, sensibilidade, fluidez, leveza, proteção, paciência, fecundidade e, sobretudo, amorosidade. Qualidades que foram rechaçadas do mundo
masculinizado por serem avaliadas como fragilidade e, portanto, o oposto necessário para se dominar o mundo, a ideologia vigente até o momento.
O sagrado feminino faz parte de um movimento global, orquestrado por mulheres que acreditam que as características Yin devem se manifestar no mundo para retornarmos ao equilíbrio, para que possamos vivenciar uma existência mais saudável, com relacionamentos mais amorosos com todos os seres planetários, usufruindo dos recursos do Planeta em paz e harmonia. Por essa razão, consideramos um trabalho sagrado, pois resgata o real sentido da vida humana. Viver é sagrado e transcende a polaridade Yin eYang, mas não podemos atingir o Todo, sem conhecer amplamente nossa expressão feminina e reequilibrar a masculina.